A Radioterapia Ginecológica é um dos pilares no tratamento dos tumores do colo do útero, endométrio, vagina e vulva, sendo uma opção segura e eficaz em diferentes fases da doença. Com técnicas cada vez mais precisas, é possível controlar o tumor e preservar a qualidade de vida da paciente.
Neste artigo, você entenderá em quais situações a radioterapia é indicada, como o tratamento é conduzido e quais os seus principais benefícios. Continue a leitura e saiba como esse cuidado pode ser realizado com segurança e acolhimento.
O que é a Radioterapia Ginecológica?
A radioterapia ginecológica é um tipo de tratamento que utiliza radiações ionizantes para combater células tumorais localizadas nos órgãos reprodutivos femininos. Ela pode ser utilizada como tratamento principal, adjuvante (após cirurgia), ou para controle de recidivas e metástases locais.
A aplicação pode ser feita de forma externa, por meio de equipamentos que direcionam a radiação à região pélvica, ou interna, por meio da braquiterapia, em que a fonte de radiação é posicionada próxima ou dentro do tumor.
Quando a radioterapia é indicada para câncer ginecológico?
A radioterapia é indicada em diversos contextos do tratamento oncológico ginecológico. No câncer do colo do útero, é uma das principais modalidades terapêuticas, especialmente nos estágios localmente avançados, onde é associada à quimioterapia.
A radioterapia para câncer de endométrio pode ser indicada após a cirurgia, para reduzir o risco de recidiva, ou em casos mais avançados, com acometimento local. Também é uma opção em cânceres da vagina e da vulva e no tratamento de câncer de ovário com radiação, principalmente em tumores localmente invasivos ou em pacientes com contraindicação cirúrgica.
A decisão sobre o uso da radioterapia é tomada com base em critérios como tipo histológico, estágio do tumor, idade da paciente, condições clínicas e resposta a tratamentos prévios.
Principais técnicas de Radioterapia Ginecológica
As técnicas modernas permitem que a radioterapia seja aplicada com alta precisão, garantindo máxima eficácia com mínima toxicidade. A escolha entre a radioterapia externa e a braquiterapia depende da localização e do estágio da doença.
Radioterapia externa (IMRT/VMAT)
A radioterapia externa é aplicada por meio de um equipamento que direciona a radiação à pelve. Com a técnica IMRT (Radioterapia de Intensidade Modulada), a dose é ajustada conforme o formato do tumor, protegendo estruturas como a bexiga, o reto e o intestino.
A VMAT (Arcoterapia Volumétrica Modulada) é uma variação da IMRT, que oferece maior eficiência no tempo de aplicação, sem perder precisão. Essa técnica é amplamente utilizada em tumores pélvicos, principalmente nos cânceres de colo uterino e endométrio.
Braquiterapia ginecológica
A braquiterapia é um tipo de radioterapia interna em que pequenas fontes radioativas são inseridas dentro do canal vaginal ou do útero, permitindo que a radiação atinja diretamente o tumor. É fundamental no tratamento do câncer do colo do útero e também utilizada no endométrio.
A técnica pode ser de alta taxa de dose (HDR), realizada em sessões curtas e controladas com anestesia leve. O procedimento é seguro, e o desconforto é mínimo. A personalização do aplicador garante que a dose seja dirigida ao local exato, protegendo tecidos saudáveis.
Benefícios da radioterapia para tumores ginecológicos
A “radioterapia ginecológica” oferece excelente controle local da doença e, quando associada à quimioterapia ou cirurgia, aumenta significativamente as chances de cura.
Entre os principais benefícios estão:
- Tratamento curativo mesmo em estágios avançados;
- Preservação da anatomia pélvica e da função urinária;
- Menor necessidade de cirurgias mutilantes;
- Possibilidade de tratamento ambulatorial, sem internação prolongada;
- Redução do risco de recidiva após a cirurgia.
Além disso, o uso de tecnologias avançadas tem permitido tratar com mais segurança, diminuindo os efeitos colaterais e mantendo a qualidade de vida da paciente ao longo do tratamento.
Como funciona o tratamento?
Antes de iniciar a radioterapia, a paciente passa por uma consulta detalhada com a radio-oncologista, que avalia exames de imagem e define o plano terapêutico ideal.
No caso da radioterapia externa, é realizada uma tomografia de planejamento, onde se mapeia a área a ser tratada e os órgãos a serem preservados. Com essas informações, é elaborado um plano personalizado, e as sessões são realizadas de segunda a sexta-feira, por algumas semanas.
Na braquiterapia, como por exemplo a braquiterapia para câncer de colo do útero, o procedimento é feito em ambiente controlado, com anestesia ou sedação leve, e pode ser ambulatorial. A quantidade de sessões varia conforme o caso, podendo ser de 3 a 5 aplicações.
Durante todo o tratamento radioterápico para câncer ginecológico, a paciente é monitorada para avaliar a resposta clínica e ajustar condutas conforme necessário.
Possíveis efeitos colaterais da Radioterapia Ginecológica
Os efeitos colaterais da RADIOTERAPIA GINECOLÓGICA são geralmente leves a moderados e controláveis. Entre os mais comuns estão:
- Cansaço;
- Alterações urinárias, como aumento da frequência ou ardência;
- Alterações intestinais, como diarreia ou gases;
- Irritação ou ressecamento vaginal.
Em algumas pacientes, especialmente após braquiterapia, pode haver redução da elasticidade vaginal, que pode ser tratada com fisioterapia pélvica, lubrificantes e dilatadores.
Com o acompanhamento da equipe médica e adoção de cuidados específicos, é possível minimizar esses efeitos e manter a rotina com segurança.
Vamos conversar?
A radioterapia ginecológica é uma ferramenta fundamental no tratamento dos tumores ginecológicos, com resultados expressivos em controle da doença e preservação da qualidade de vida. Com o uso de técnicas modernas como IMRT, VMAT e braquiterapia, é possível tratar de forma segura e eficaz.
A Dra. Maria Thereza Starling, médica radio-oncologista com formação especializada e atuação humanizada, oferece atendimento individualizado para cada paciente. Agende sua consulta e conheça as melhores opções de Radioterapia Ginecológica para o seu caso.